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No âmbito do Programa Conjunto UNFPA-UNICEF para acabar com a MGF, o Ministério da Mulher, Família e Proteção Social, através do seu Comitê Nacional para o Abandono das Práticas Nefastas, organizou uma cerimônia na qual cinco comunidades da Região de Tombali, Setor Catió, a saber, Priame, Catió Fula, Catió Balanta, Ganpalmeira e Sua declararam publicamente o abandono dessas práticas consideradas prejudiciais à saúde de mulheres e crianças.

O ato da declaração, testemunhada por 250 pessoas, ocorreu numa cerimônia pública realizada a 9 de janeiro de 2020 e reuniu autoridades políticas regionais, líderes de opinião e religiosos, mulheres e ex-praticantes de MGF, organizações de juventude, representantes de forças de segurança e membros de ONGs e OSCs locais, como a Liga dos Direitos Humanos da Guiné-Bissau. Durante a cerimônia, foi apresentada e assinada a Declaração Pública sobre o Abandono da MGF, o Casamento Precoce e Forçado e a não escolarização das meninas.

Ao intervir, todos os atores e personalidades envolvidas concordaram que essas práticas estão impedindo que mulheres e meninas alcancem o seu potencial, aumentando o risco de enfrentar problemas obstétricos. Também concordaram que a continuidade da MGF, bem como a a não escolarização das meninas, perpetuam a dependência social e financeira das mulheres diante dos homens. O Imam das comunidades afirmou repetidamente, lendo várias passagens do Alcorão Sagrado, que não há lugar no Alcorão Sagrado mencionado onde a MGF é incentivada ou sugerida.

Este evento foi realizado na sequência de uma campanha de consciencialização, sensibilização e mudança de comportamento de dois anos, realizada nessas comunidades pelo Comitê Nacional de Abandono de Práticas Nefastas e seus parceiros.