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Declaração da Directora Executiva do UNFPA, Dra. Natalia Kanem,no Dia Mundial da População 2023

Declaração da Directora Executiva do UNFPA, Dra. Natalia Kanem,no Dia Mundial da População 2023

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Declaração da Directora Executiva do UNFPA, Dra. Natalia Kanem,no Dia Mundial da População 2023

calendar_today 11 July 2023

Declaração da Directora Executiva do UNFPA, Dra. Natalia Kanem,no Dia Mundial da População 2023
Declaração da Directora Executiva do UNFPA, Dra. Natalia Kanem,no Dia Mundial da População 2023

Declaração do Dia Mundial da População 2023

Directora Executiva do UNFPA, Dra. Natalia Kanem

 

Imagine um mundo onde todos - todos os 8 mil milhões de pessoas - têm um futuro repleto de promessas e potencialidades. Agora abra os olhos para a realidade atual, em que 4 mil milhões de mulheres e raparigas - metade da humanidade - são vítimas de discriminação exclusivamente com base no seu género.

 

Há trinta anos, na Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD), propusemo-nos alcançar um mundo em que as pessoas vivessem mais tempo e de forma mais saudável e gozassem de mais direitos e escolhas do que nunca. Esta visão tornou-se uma realidade para muitos; de facto, a população humana está no seu número mais elevado de sempre, graças, em grande parte, a melhorias nos cuidados de saúde e ao aumento da esperança de vida. No entanto, ao mesmo tempo que celebramos os progressos alcançados, temos também de reconhecer que para milhões, ou mesmo milhares de milhões, esta promessa continua fora de alcance.

Este Dia Mundial da População é um lembrete de que podemos alcançar um futuro próspero, pacífico e sustentável previsto pela CIPD e pela Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável se aproveitarmos o poder de cada ser humano no planeta. Quando aproveitamos todo o potencial das mulheres e das raparigas - encorajando e promovendo os seus desejos em relação às suas vidas, às suas famílias e às suas carreiras - galvanizamos metade da liderança, das ideias, da inovação e da criatividade para melhorar a sociedade.

A obtenção da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos para todos é a base da igualdade entre os géneros, da dignidade e das oportunidades. No entanto, mais de 40 por cento das mulheres em todo o mundo não podem exercer o seu direito de tomar decisões tão fundamentais como ter ou não ter filhos. Capacitar as mulheres e as raparigas, nomeadamente através da educação e do acesso a métodos contraceptivos modernos, ajuda a apoiá-las nas suas aspirações - e a traçar o caminho da sua própria vida.

A promoção da igualdade de género é uma solução transversal para muitas das preocupações da população. Nas sociedades em envelhecimento que se preocupam com a produtividade do trabalho, alcançar a paridade de género na força de trabalho é a forma mais eficaz de melhorar a produção e o crescimento dos rendimentos. Entretanto, nos países que registam um rápido crescimento demográfico, a capacitação das mulheres através da educação e do planeamento familiar pode trazer enormes benefícios em termos de capital humano e de crescimento económico inclusivo. 

 

Há trinta anos, o mundo uniu-se em torno de uma visão comum do futuro, que reconhecia os direitos das mulheres e das raparigas como fundamentais para o desenvolvimento global. A solução é clara: acelerar o avanço da igualdade de género - através do acesso à saúde e aos direitos sexuais e reprodutivos, da melhoria da educação, de políticas laborais adequadas e de normas equitativas no local de trabalho e em casa - resultará em famílias mais saudáveis, economias mais fortes e sociedades resilientes.

 

Essa mensagem de igualdade entre os géneros é tão poderosa hoje como era na altura; a nossa determinação também o deve ser. Unamo-nos mais uma vez para imaginar um mundo em que cada um de nós tenha a mesma oportunidade de prosperar e unamos forças para garantir uma realidade em que a verdadeira riqueza de cada nação - independentemente da sua dimensão ou fase de desenvolvimento - seja o seu povo, e isso significa todas as pessoas e não metade. 

 

O UNFPA solidariza-se com todos os 8 mil milhões de pessoas para que possam reivindicar os seus direitos e fazer as suas próprias escolhas. Porque só isso conduzirá a um futuro que trará igualdade e prosperidade para todos nós.