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Declaração do Diretor Executivo do UNFPA, no dia 12 de Agosto, Dia Internacional da Juventude em 2016

Declaração do Diretor Executivo do UNFPA, no dia 12 de Agosto, Dia Internacional da Juventude em 2016

Declaração do Diretor Executivo do UNFPA, no dia 12 de Agosto, Dia Internacional da Juventude em 2016

calendar_today 19 August 2016

Os Jovens e o Caminho para 2030

12 de agosto de 2016

Declaração do Diretor Executivo do UNFPA, Dr. Babatunde Osotimehin, para o Dia Internacional da Juventude.

 

O UNFPA, Fundo das Nações Unidas para a População, celebra o Dia International da Juventude reafirmando e reconhecendo o papel central dos jovens na promoção do bem-estar das suas famílias, comunidades e nações. O tema deste ano, “O caminho para 2030: Erradicar a pobreza e atingir a produção e consumo responsável”, não poderia ser mais relevante e oportuno.

Mais de 500 milhões de jovens em todo o mundo vivem na pobreza, e muitas vezes não conseguem sustentar as suas necessidades básicas. Têm falta de acesso a recursos vitais e estão desproporcionalmente representados entre os mais pobres do mundo. Eles têm mais a ganhar se formos bem sucedidos a erradicar a pobreza, e terão mais a perder se falharmos. A boa notícia é que os jovens não são o problema, como muitas vezes é considerado, mas, na verdade, eles são a solução.

No último ano, as Nações Unidas adotaram a agenda para o Desenvolvimento Sustentável 2030, que nos obriga a balançar as necessidades das gerações presentes e futuras, criar crescimento económico sem destruir os recursos naturais e reduzir o consumo enquanto se assegura o bem-estar e a dignidade.

Para atingir esses objetivos, é necessária uma mudança fundamental. Temos que tomar decisões relativamente à dotação dos recursos mantendo os interesses das gerações futuras em mente. Temos de fazer investimentos no setor social que melhorem a resiliência de indivíduos e comunidades. E temos de colocar o cumprimento dos direitos humanos no centro do desenvolvimento.

Globalmente, grandes populações de jovens representam uma oportunidade histórica, para introduzir progresso e adotar soluções inovadoras para despoletar esta mudança. Para tal, é essencial a realização dos direitos dos jovens de participar na vida política, económica e social das suas comunidades e países, e fazerem livremente escolhas informadas sobre o seu corpo, sexualidade e reprodução sem descriminação, violência ou coesão.

Empoderar os jovens significa dar-lhes ferramentas para que possam tornar-se atores ainda mais influentes e produtivos nas suas sociedades.  Para atingir isso, os países necessitam de pôr fim a  todas as formas de descriminação que os jovens enfrentam, particularmente as raparigas adolescentes, tais como casamento infantil e forçado, que pode resultar em gravidezes indesejadas, abortos inseguros e infeções VIH, e risco de comprometer o seu futuro.

O centro destes esforços, deve ser a promoção do acesso à educação, serviços de saúde, incluindo saúde sexual e reprodutiva e planeamento familiar. Estas intervenções combinadas são críticas para quebrar o ciclo intergeracional da pobreza, fortalecer a resiliência das populações para enfrentar todos os desafios e aproveitar as oportunidades da nova economia.

Os jovens estão já a liderar inovações na ciência e tecnologia, fazendo escolhas conscientes que estão a infulenciar drasticamente os padrões de consumo e de produção,  e a mobilizar-se tornar empresas, organizações e governos mais responsáveis social e ambientalmente. Quando podem ter informação, tecnologia, financiamento,  orientação e plataformas de colaboração, os jovens inovadores são capazes de tornar as suas ideias em soluções transformadoras.

O UNFPA  orgulha-se de fazer parcerias com jovens em mais de 150 países e territórios ao redor do mundo para promover a sua participação e liderança,  permitindo-lhes superar as barreiras, liderar inovações e libertar todo o seu potencial.

O UNFPA apela aos governos, parceiros de desenvolvimento e outros influenciadores a instaurar políticas que promovam o desenvolvimento dos jovens e dos direitos humanos, e a medir o progresso através dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que se relacionam com adolescentes e jovens. Os jovens devem ser envolvidos como parceiros na realização destes objetivos, pois eles são a geração que irá herdar o nosso planeta.

Uma rapariga adolescente que tem hoje 10 anos vai ser uma adulta de 24 anos em 2030, a meta para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Temos de garantir que o seu caminho ao longo da adolescência e juventude leva a um futuro melhor para si mesma, para a sua comunidade e para o mundo,  sedimentado com direitos reconhecidos, oportunidades realizadas e promessas cumpridas.